Sobre anúncios e marcas #26

Desde que o mundo é mundo, existe o anúncio.

Amanhã, 2 de julho, marca exatamente o meio do ano. Ou seja, daqui a pouco já tem panetone no supermercado e as ensandecidas propostas de concorrências nas agências de comunicação. Seja de qual lado do balcão você esteja, é um prato cheio para unir os times e pensar em soluções mais estratégicas para as comunicações das marcas que você trabalha.

Mas uma coisa não muda: o desejo do anúncio de comunicação conseguir transmitir a essência da marca. Nessa edição trazemos alguns insights que podem ser usados nesse processo criativo, seja para quem planeja ou para quem executa as ideias das campanhas.

O uso do humor na publicidade

• Segundo a análise da Kantar, o humor não anda sendo muito explorado na publicidade, apesar do impacto positivo na audiência, que considera anúncios engraçados mais expressivos, mais envolventes e mais diferenciados do que outros.

• Uma das explicações para a pouca adesão é o medo das marcas em serem criticadas por alguma piada ser considerada ofensiva ou preconceituosa. Sério?

• Mas como isso não pode ser justificativa, a própria Kantar apresenta seis tipos de humor que podem ser adotados pelas marcas, um espectro bastante didático a ser explorado conforme o perfil da empresa e o desejo que ela tem de transmitir sua comunicação do jeito certo.

  

O buraco da fraude dos anúncios digitais

• A reclamação não é nova, mas nunca é demais avisar: só em 2020, um rombo de US$120 bilhões para os profissionais de marketing com as fraudes nos anúncios digitais. O que mais assusta - além do crescimento de 121% - é como a prática parece estar normalizada no meio.

• As soluções são diversas, como aderir à regulamentação que já acontece na mídia tradicional, mas também precisa vir dos próprios profissionais da área, monitorando e acompanhando. Sem um interesse genuíno no combate dessa prática, ela vai continuar assombrando e deturpando as métricas e os custos das campanhas.

Efeito "moodboard”

• Neste texto, somos alertados para um mal que afeta a direção de arte que muitos de nós já conhecemos e vemos: uma homogeneidade visual a quem o autor do texto se refere como Efeito Moodboard. Essa plasticidade é resultado de uma disponibilidade virtual de referências que provoca uma monotonia estética nas peças e, o que era para ser um brainstorm de inspirações, se torna um roteiro rígido a ser seguido pelos profissionais.

Você não precisa escolher entre branding ou performance

• Assim como duas linhas paralelas que seguem juntas e nunca se cruzam, as campanhas de construção de marca e de vendas devem ser consideradas constantemente, mas nunca unificadas, ao contrário do que gurus do marketing tem defendido nos últimos anos.

• Isso porque cada uma tem objetivos específicos e até métricas diferentes: por exemplo, as de longo prazo focadas em avaliar a lembrança de marca e as de curto prazo no retorno sobre investimento.

marketoonist

A post shared by Tom Fishburne (@marketoonist)

Marcas Mais Fortes do Brasil 2022

• Mês passado foi divulgado o ranking das Marcas Mais Fortes do Brasil 2022 e dois clientes da Cordão fizeram bonito nele: Tramontina, em segundo lugar, e O Boticário, em quarto! Nós ficamos muito felizes de estar ajudando marcas a desatarem seus nós, e construírem laços duradouros com seus parceiros, clientes e colaboradores. Esse é o branding que acreditamos!

• Para quem não conhece, o ranking usa como base a análise da Brand Asset Valuator (BAV), uma ferramenta proprietária da WPP, composta por um banco de dados e de gerenciamento de marca. Os dados do BAV para o Brasil são baseados em pesquisa de natureza qualitativa, com base em 16 mil entrevistados em 132 categorias realizadas ao longo do segundo semestre de 2021, abrangendo mais de 1.600 marcas, segundo dados fornecidos pelo Mundo do Marketing.

85%

dos anúncios não atingem o limite da atenção, segundo um estudo realizado pela WARC no Cannes Lions. Dos 130.000 anúncios analisados, só 20% atingiram ou superaram os singelos 2,5 segundos da atenção da audiência.

67%

dos ouvintes de podcast estão mais propensos a ouvir anúncio do que os telespectadores (46%), segundo estudo realizado no Reino Unido. Apesar da audiência ter crescido em todos as faixas etárias, os Millennials são os que mais consomem o formato (30%).

20.000.000.000

pessoas assistiram vídeos do TikTok com a hashtag #selfcare e 60 bilhões no Instagram, segundo novo report da WGSN sobre o Consumidor de 2024, que trata sobre as tendências de um mundo pós-período de superação com os anos de pandemia.

3

recordes obtidos por Kate Bush que a fizeram entrar no Guinness Book com a entrada de Running Up That Hills (1985) na temporada mais recente de Stranger Things: artista feminina mais velha a alcançar o número um da parada de música do Reino Unido, mais tempo para uma faixa alcançar o número um na parada oficial de singles do país e maior intervalo entre os números um.

4x

crescimento de buscas ao termo Casa Gatificada no Pinterest. Segundo o relatório de tendências 2022, o Brasil está na vanguarda das casas dos pais e mães de pets, e as buscas por referências de quartos de luxo para cachorros e de travesseiro para gatos mostram o interesse.

26,1%

voltou a crescer o consumo de lenha em residências, impulsionado pela alta do gás de cozinha (36% somente em 2021). A matriz energética só fica atrás da eletricidade (45,4%), segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética.