Ao mesmo tempo que usamos a palavra marca com o significado de algo que causa uma impressão, também designamos o seu uso para o branding. E as duas aplicações não poderiam estar mais alinhadas: nunca se exigiu tanto das marcas que elas representem os símbolos e as manifestações do seu tempo.
Uma dessas demandas sociais, e que vem provocando a queda ou a reinvenção de marcas, é a pauta da inclusão. Cada vez mais as empresas se veem cobradas interna e externamente a promoverem inclusão não só em programas de recrutamento, como nos estudos de mercado e nos bens que oferecem. Nesta news, trazemos um pouco do que vem acontecendo e marcando um tempo que demorou para acontecer, e que está só começando.
A nova onda da inclusão
Se você está conduzindo algum projeto de inclusão ou diversidade dentro da sua empresa, você precisa ver este relatório incrível da Wunderman Thompson. Com uma tonelada de dados, exemplos, explicações e benchmarks, o documento defende que existe uma nova onda para o ativismo de marca, na qual a inclusão é palavra-chave e precisa ser levada muito a sério pelas empresas.
Segundo o estudo, esta nova onda do ativismo é motivada pela pandemia, pelo avanço tecnológico e também pelo poder dos trabalhadores ao buscar empresas que respeitem sua identidade. O documento ainda traz 10 lições de como tornar-se uma marca “inclusive first”. Vale a leitura!
Como conduzir pesquisas acessíveis?
Pessoas com deficiência não estão sendo ouvidas pelas marcas. Este problema começa porque muitas vezes não consideramos suas necessidades na hora de pensar os métodos de pesquisa. Como uma pessoa com deficiência visual poderá responder uma survey? Ou como uma pessoa com deficiência auditiva poderá se engajar em um focus group?
Para endereçar este problema, Ashley Derrington (que é pesquisadora e possui deficiência auditiva), construiu um guia da pesquisa inclusiva. O artigo traz dicas de plataformas inclusivas e até preocupações que pesquisadores e recrutadores devem ter para incluir e escutar este público de forma mais efetiva.
Já ouviu falar em moda adaptável?
A moda adaptável (adaptive clothing) são roupas projetadas para pessoas com deficiência. Por exemplo: peças com fechos magnéticos ou de velcro, que são mais fáceis de prender para quem possui destreza limitada. Apesar de existirem diversas marcas especializadas neste segmento – como Silverts ou Unhidden – outras grandes marcas também estão transformando a moda adaptável em suas bandeiras.
Um exemplo disto é a Tommy Hilfiger que, inspirado em seus filhos com autismo, desenhou uma linha adaptativa em 2016 e agora lançará duas coleções por ano. Ou então o tênis da Nike que não precisa das mãos para ser calçado. Prevê-se que o mercado de roupas adaptáveis atinja mais de US$ 1 bilhão este ano.
Além da moda, o setor de móveis (Ikea) e higiene pessoal (Rexona) também tem investido em produtos adaptáveis.
Quando uma marca deve se envolver em causas sociais?
A maioria das grandes empresas já compreendeu que o consumidor espera que as marcas desempenhem um papel social mais ativo. No entanto, a definição de quais causas adotar e o quanto comprometer-se com elas é sempre uma pauta polêmica nas salas de conselho.
Por isso, achamos muito interessante este relatório sobre ativismo de marca do Gartner que organiza visualmente esta relação entre “o quanto a ideologia faz parte da identidade da marca” x “o quanto ela é comprometida com a ideologia de forma prática". Organizações com alto alinhamento entre suas ideologias e sua identidade de marca podem optar por assumir uma postura mais vocal e agressiva em certos problemas sociais.
60%
dos consumidores globalmente concordam que as marcas que não tiverem um papel social vão se tornar irrelevantes.
42%
dos consumidores globalmente dizem que alguma marca os fez sentir excluído por seu gênero, raça, idade, religião ou sexualidade.
60%
dos executivos acreditam que tomar partido em uma causa social é bom para os negócios.
61 milhões
de adultos - ou 26% dos americanos- convivem com alguma limitação física.
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