Meta para 2022: sua saúde mental #14
Cuidar da sua vai se tornar pré-requisito ou benefício das empresas.
Com a nova classificação do burnout como doença de trabalho, 2022 começa com tudo para ser o ano que a saúde mental vai ser tópico, de reuniões de pauta a encontro da diretoria, com a mesma importância que os resultados financeiros ou metas de equipe.
Segundo a nova decisão da Organização Mundial de Saúde, à partir de 1 de janeiro de 2022, o “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”, também conhecido como burnout, não só o vincula a uma doença relacionada ao trabalho como também responsabiliza as empresas pelo impacto de sua gestão na saúde das pessoas.
A gente sabe que muitas iniciativas pioneiras das marcas surgiram, principalmente durante a pandemia, mas só agora o assunto promete alavancar de vez e se tornar estratégico nos planos anuais e também nos brandbooks. Na primeira Nós da Cordão de 2022 escolhemos tratar de um assunto delicado, mas necessário, que quanto mais falado e discutido com seriedade e responsabilidade, ajuda mais pessoas a procurarem ajuda - e agora, os seus direitos.
Bem-vindo, 2022!
Para ler com calma
Links bons demais para serem lidos rapidamente.
Terapia e dinheiro no bolso: gostoso demais.
É indiscutível como a melhor distribuição de renda também melhora nossa qualidade de vida, mas um recente estudo do Happier Lives Institute mostrou também esse impacto quando olhamos para a saúde mental em grupos de baixa renda de países subdesenvolvidos.
Na pesquisa experimental em países da África Subsaariana, comprovou-se que uma vertente da terapia em grupo deixou as pessoas mais felizes do que quando recebem ajuda em dinheiro, reduzindo inclusive sinais de depressão. Resultados como esse justificam a inclusão da promoção da felicidade como meta de desenvolvimento de instituições de caridade internacionais. A gente apoia. Um mundo com terapia e saúde mental é melhor para todos, sem sombra de dúvida (:
Quer melhorar sua confiança? Pratique seu hobby
Todo mundo curte assistir uma série ou ler um livro - mesmo que de vez em quando - mas aqui vamos falar daquele hobby mais particular: tocar violão, aprender uma língua fora o inglês ou espanhol, dançar um ritmo específico, saber criar algum artesanato. Quem sabe colocar ele na sua listinha de prioridades para 2022?
É que nesse artigo da Harvard Business Review fica claro como os nossos hobbies podem e devem ocupar nossas agendas tanto quanto nossas reuniões de trabalho. Além de estimular a criatividade - óbvio - eles ajudam a nos dar mais confiança no ambiente de trabalho, melhorando nossa auto-estima.
O novo mantra de trabalho dos millennials
Na batalha geracional entre millennials e GenZ, talvez uma das coisas mais positivas que os primeiros podem se vangloriar foi falar abertamente dos seus tratamentos e acompanhamentos psicoterapêuticos. Isso ajudou a elevar a psicologia a um status menos nichado, falando que todo mundo precisa, sim, de terapia! Já pensou nessa versão de mundo?
Por isso, essa mesma geração que já enalteceu a vida para o trabalho, também já começa a defender que o trabalho é um meio e não um fim para nossos objetivos de vida. Nesse episódio do podcat Propaganda não é só isso aí do Lucas Schuch, é discutido exatamente esse novo paradigma da relação do trabalho nas nossas vidas, e traz dois convidados muito especiais pra debater: Cris Dias, sócio e fundador da Ampére, e Thais Fabris, sócia e fundadora da 65/10. Imperdível!
O megazord do wellness
Pesquisa da McKinsey & Company mostra o crescimento da priorização do bem-estar dos consumidores a nível global, além de revelar as seis categorias mais importantes para os consumidores terem uma vida mais equilibrada de saúde, no geral:
O mercado de wellness promete movimentar $1,5 TRILHÕES, e inclui o Brasil como um dos mercados de destaque no relatório. Uma das tendências bem brasileiras é abrir mão da privacidade em troca da oferta de serviços mais personalizados: uma dica bem quente, ainda mais com o fim dos cookies.
Isso nos lembrou das ações de marcas como Spotify, Unilever e Nike que o relatório de tendências para 2022 da Accenture trouxe. Em comum, todos focam em projetos de autocuidado, aderindo a movimentos que ajudam as pessoas a cuidarem mais de si mesmas, mesmo em períodos de maior isolamento como [ainda] estamos vivendo.
Inclusão e a falácia da autenticidade
"Como haver mudanças onde há códigos de como se encaixar?”. Jodi-Ann Burey faz uma reflexão sobre os programas de inclusão e diversidade e sua toxidade justamente entre as minorias nos ambientes corporativos.
Com base nas suas experiências profissionais, como os conselhos que recebeu para ser mais controlada ao expor suas opiniões e como logo se viraram contra ela, Jodi-Ann escancara o despreparo e o longo caminho que ainda temos para transformar a autenticidade em algo realmente diverso e inclusivo no ambiente de trabalho. Um TED inspirador para começar o ano. Para assistir na integra, clique aqui.
Teste de Genialidade
Lady Gaga é mais genial do que o medalhista olímpico Michael Phelps? Para Craig Wright, professor de Yale, a resposta é sim. Segundo esta matéria da BBC, uma pessoa ser considerada genial não tem mais relação somente com o seu intelecto, mas com a quantidade de pessoas que ela gera impacto e por mais tempo que isso acontece.
Wright pesquisa gênios há mais de duas décadas, e até desenvolveu uma fórmula para identificá-los, com base nessas métricas citadas anteriormente. Para ele, Lady Gaga pode ser considerada uma pessoa mais genial do que o medalhista olímpico Michael Phelps.
A inteligência artificial entra em campo na terapia
Com a explosão de sessões on-line de terapia, um grupo de pesquisadores viu um campo fértil para estudar o que realmente funciona na hora que os profissionais estão atendendo os seus pacientes.
Usando inteligência artificial, o estudo mira encontrar o que realmente melhora os resultados dos tratamentos, com base nas conversas e respostas dadas pelos profissionais em tempo real. Parece coisa de outro mundo - como tudo o que a gente tem vivido até aqui, hehehe.
Olha esse dado
Números para impressionar no date ou na reunião de trabalho
71%
porcentagem de executivos que consideraram 2020 o ano mais estressante das suas vidas, segundo pesquisa da Oracle. Uma das possíveis causas, além da pandemia, foi o modelo de equipe enxuta como resposta a cortes financeiros, que não só se mostram inviáveis financeiramente, como também mentalmente.
82%
da população britânica relatou aos seus gerentes sentimentos de solidão. Apesar do dado assustador, é importante chamar atenção para o que este artigo tenta alertar: mais gerentes precisam estar preparados para assumir responsabilidade da saúde mental das suas equipes.
4.3M
número impressionante da população norte-americana que renunciou ao seu emprego, principalmente a partir de janeiro de 2021. A Grande Renuncia, como esse período já é conhecido, fala muito das escolhas por mais qualidade de vida e do quanto os empregos afetam esse equilíbrio.
25%
as equipes de marketing estão passando por reestruturação e a mais comum delas é a mistura do time de e-commerce e branding com o de marketing digital. A integração, segundo dados da WARC, ajuda a unir o pensamento entre as equipes, esclarecer a responsabilidade e otimizar a alocação do orçamento, aprimorando a experiência do cliente.
15%
da população mundial - ou 1,2 bilhão pessoas - têm algum tipo de deficiência. Segundo a mesma pesquisa, menos de 10% dos sites, por exemplo, têm recursos que permitem às pessoas com certas deficiências para usá-los, mesmo depois de toda revolução digital pandêmica.
44%
das jovens chinesas urbanas dizem não incluem casar em seus planos futuros, frente a 25% dos homens. Isso porque elas estão mais céticas em relação a encontrar uma pessoa, além de preocupações financeiras e com a sua carreira profissional, segundo dados do Canvas8.
Olha esse termo
Adoramos um neologismo. Já conhecia esse?
Snapchat Dysmorphia
Você pode ser do time que abriu mão da maquiagem - como Alicia Keys - ou daquelas que sempre pode um procedimento a mais - como Anitta - mas a verdade é que todo mundo curte experimentar um filtro novo no Instagram ou outra rede social para saber “como ficaria”.
Pois então, para algumas pessoas essa mera brincadeira virou um verdadeiro gatilho para aumentar os seus procedimentos cirúrgicos, levados ao extremo para a busca - na grande parte das vezes - inalcançável por uma perfeição nada perfeita. A Snapchat Dysmorphia, ou Dismorfia do Snapchat, então, fala justamente desta corrida por rostos mais parecidos com filtros virtuais.
Apesar da correlação ainda não ser diretamente comprovada, muitos pesquisadores e médicos acreditam que o aumento na procura por cirurgias corretivas estéticas tem origem nos filtros das redes sociais. Vale lembrar que já existe uma doença parecida com essa dismorfia, o transtorno dismórfico corporal (TDC), que envolve um foco obsessivo em um defeito que a pessoa considera ter na própria aparência.
Olha essa ferramenta
Para dar uma ajudinha no seu dia a dia
Termos sobre saúde mental: ótimo para chamarmos o que sentimos e o que experienciamos pelo nome correto.
Saúde mental para todos os bolsos: relação de vários locais e opções on-line para buscar tratamento psicológico no Brasil todo.
FutureMe: aproveita que o ano tá só começando e escreve uma carta para o seu eu do futuro! Você escolhe se quer receber ela daqui 1 ou 5 anos.