O colaborador no centro #93 🎯
Como o valor dos colaboradores tem ajudado a salvar as empresas
O mundo do trabalho está em crise, mas não só para os trabalhadores. As empresas tem sentido dificuldade em atrair e reter colaboradores, mesmo com programas, benefÃcios e oportunidades. E mais: num cenário cada vez mais competitivo, como chamar atenção e gerar diferenciação?
A resposta parece estar mais perto do que as empresas imaginam. Ou melhor, dentro delas! Depois do sucesso dos conteúdos gerados por usuário - UGC ou User-Generated Content - agora, se fala nas estratégias de conteúdos gerados pelos funcionário - EGC ou Employee-Generated Content - um formato que tem chamado atenção e que a gente explora nesta newsletter.
Veja como ele funciona e como você pode aproveitá-lo para a sua realidade.
A tempestade perfeita
Um estudo que deve ser acompanhado para entender o clima do ambiente de trabalho é da Edelman que, anualmente, publica o relatório de Confiança do Trabalho. O mais recente mostra justamente a influência dos empregados nas transformações internas nas empresas, um cenário bem diferente do que imaginamos.
Isso porque, enquanto ouvimos falar demissões em massa e das crÃticas à s escalas 6X1, o outro lado da moeda também vem bagunçando esse jogo. Segundo o mesmo relatório, mais de 60% dos funcionários dizem que estão mais dispostos a pressionar seus empregadores para mudar coisas que não gostam e estão mais abertos aos sindicatos.
E por aqui parece que segue a mesma linha. Por exemplo, no Brasil os pedidos de demissão bateram recorde nos últimos meses (38% dos motivos de dispensa). Uma economia aquecida geralmente gera mais competitividade no número de vagas, mas o que se vê são motivações mais intrÃnsecas, como remunerações consideradas baixas ou busca por flexibilização de horários.
O que é EGC?
E é neste cenário que surge a EGC, mais uma sigla para estarmos familiarizados. Formado pelas iniciais de Employee-Generated Content - em bom português, Conteúdo Gerado pelo Funcionário, é o formato de conteúdo criado pelos colaboradores e que não faz parte do escopo dos times internos, por exemplo. Pode ser em formato de texto, vÃdeo ou áudio e tem sido um grande promotor das marcas e destaque nos relatórios de tendência para o ano.
Os números mostram um impacto gigante para atrair não só candidatos, como aumentar o awareness das marcas: dados dão conta que empresas que implementaram conteúdo gerado por funcionários tiveram um aumento de 27% no engajamento online e um aumento de 19% nas vendas no primeiro ano.
Essa não é uma novidade: gigantes como a Cisco tem cases consolidados com estratégia de EGC, ainda em em 2020, no pico da pandemia. A ideia era mostrar como a empresa era um bom lugar para se trabalhar e gerou um aumento de 28% no tráfego do blog e 42% de novos visitantes. No Brasil, o caso clássico e até hoje inesquecÃvel, com certeza, é da Magalu - que, na época, ainda era Magazine Luiza.
A conexão com a marca empregadora
Na busca por construir uma imagem de empresa empregadora, o famoso Employeer Branding, a EGC surge como um alento mais humano - e mais barato: 87% dos entrevistados relataram se sentir mais conectados a marcas cujos funcionários compartilham informações sobre a empresa.
Não só se torna uma estratégia para atrair talentos como para aumentar o conhecimento da marca - em todos os nÃveis de público: um conteúdo gerado por funcionário é compartilhado 24 vezes mais do que conteúdo de marca.
E não são só os funcionários. As empresas também já perceberam valor na criação de conteúdo dos seus executivos. Isso porque entre eles o valor desse tipo de conteúdo é muito alto, já que 54% dos C-levels passam uma hora ou mais por semana consumindo esse tipo de conteúdo.
Da teoria para a aplicação
Agora que você já entendeu o que é EGC e porque ela é relevante para construir uma marca, fica o questionamento: e como fazer na minha? Separamos alguns exemplos, em diferentes plataformas, para mostrar a força que essa estratégia pode ter para o seu negócio.
Quando o assunto é renovar a base da sua audiência ou contar bastidores para os mais curiosos, a melhor plataforma é o TikTok. Abaixo, vemos como a Gabriela Gatti compartilha seu dia a dia trabalhando no marketing da Granado, enquanto o segundo, da Drogaria Compre Certo, se vale de uma abordagem bastante jovem para chamar atenção - e com muito bom humor.
Já quando falamos do público B2B, o vÃdeo tem relevância mesmo no Linkedin. É o caso de Bill McDermott, presidente e CEO da ServiceNow , que traz um tom mais clássico no formato EGC, como de Jolyon Varley, cofundador da OKCOOL, que apresenta uma abordagem mais ousada.
Ainda, Adam Mosseri, CEO do Instagram, aproveita a plataforma para contar novidades e testes que vem sendo desenvolvidos - e antes de serem lançados!
Um caso 100% nacional é do João Adibe, do Grupo CIMED, que usa também o TikTok para contar sua rotina e como CEO e dos lançamentos de produtos, também com muito bom humor.
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75%
dos tomadores de decisão consideram o conteúdo da liderança de uma organização mais confiável para avaliar capacidades do que os materiais de marketing tradicionais da mesma.
27%
aumento que empresas que implementaram conteúdo gerado por funcionários tiveram no engajamento online. Ainda, registraram um aumento de 19% nas vendas no primeiro ano.
3x
79%
dos candidatos a emprego utilizam plataformas de mÃdia social para realizar sua busca de emprego. Ao mesmo tempo, mais de 84% das organizações estão recrutando por meio de mÃdias sociais.
10x
é quantas vezes a mais que uma rede de funcionários tem mais conexões do que as organizações têm de seguidores.