Tá na hora do planejamento anual #34
Uma seleção de técnicas para planejar de forma mais eficiente
Chega essa época do ano e começa a corrida para finalizar o planejamento estratégico na maioria das empresas. Isso é ótimo! E péssimo.
É ótimo porque demonstra que as empresas entendem a importância de ter uma estratégia bem definida e investem nisso. Mas, é péssimo porque, muitas vezes, esse processo é conduzido de forma extremamente ineficaz e - muito - estressante.
Por isso, selecionamos nesta news algumas dicas, ferramentas e inspirações para te ajudar a atravessar esse momento que, a gente sabe, sempre nos presenteia com alguns cabelos brancos.
Planejamento ou estratégia?
As palavras “planejamento” e “estratégia” tem sido usadas de forma indiscriminada no ambiente empresarial, especialmente nesta época do ano quando acontecem os famigerados “planejamentos estratégicos". Mas, a verdade é que elas não significam a mesma coisa e entender a diferença entre os dois conceitos conta por um MBA.
Vale assistir este estudo de caso da Harvard Business Review. No vídeo (em inglês), Roger Martin explica que a estratégia é conjunto de escolhas articuladas que, juntas, posicionam a empresa em vantagem para atingir um objetivo único. Já, o planejamento é um conjunto de tarefas que a empresa se propõe a executar, que podem ou não convergir para um cenário de vitória. Por isso, enquanto uma estratégia é algo extremamente valioso para o sucesso de uma organização, um plano pode ser algo meramente operacional.
Planejamento em uma página
Um dos problemas do planejamento estratégico tradicional é que ele resulta em um documento com dezenas (ou até centenas) de slides que, não raro, acabam esquecidos. Promover uma visualização ampla da estratégia é crucial para que ela seja implementada com sucesso. Por isso, recomendamos este documento do Gartner que ensina um passo a passo para organizar a estratégia em uma única página, de forma fácil de consultar e visualizar. Vai ser muuuito útil, a gente promete!
Como escolher métricas?
Muitas empresas travam na hora de escolher as métricas que vão medir o sucesso da estratégia ao longo do ano. Para isso, trazemos esta baita dica: o estrategista de mensuração de marcas Josh Braaten criou um guia para que as empresas construam suas estratégias de rastreamento e de evolução de marca.
Para ele, diferente da forma como medimos o tráfego do site, as métricas de marca devem fazer sentido para o negócio de cada marca, determinadas a partir daquilo que cada empresa sabe que impacta no seu crescimento. Assim, ele montou um beabá descritivo, incluindo até um glossário de termos deste universo - que é muito útil para entender o que esperar de cada métrica.
Tudo deve mudar para que tudo fique como está
Para finalizar esta sessão, provocamos nossos leitores com a famosa frase do escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa: “tudo deve mudar para que tudo fique como está”. O pensamento foi usado em seu romance “Il Gattopardo" de 1963 que fala sobre um aristocrata que se via ameaçado pela ascensão da burguesia e tentava manter o modo de vida anterior, apesar da pressão dos tempos de mudança. Assim, o personagem busca mudar tudo que fosse necessário para conservar aquilo que lhe era mais importante.
Da mesma forma devem se comportar as empresas que, ao resistirem à mudança, acabam engolidas pelo tempo. Por isso, selecionamos um guia da Forbes com 4 dicas de como liderar em tempos de mudança ajudando o time a aceitar e adaptar-se com maior facilidade.
97%
dos CMO's ouvidos pela pesquisa The Marketer’s Toolkit da Warc dizem acreditar que as mudanças no comportamento do consumidor vão impactar em suas estratégias para o próximo ano.
38%
apenas 38% das organizações têm um processo formal para identificação de novas tendências em seus mercados, segundo pesquisa do Gartner.
US$ 800 bi
é o tamanho que o mercado do metaverso deve alcançar em 2024, segundo análises.
36%
é o percentual que o e-commerce deve representar em todas as vendas do varejo (versus os 32% de hoje), segundo pesquisa da Morgan Stanley.
54%
é o percentual da verba que os varejistas afirmam investir em mídia de topo de funil, versus apenas 20% em mídia de fundo de funil e 26% em trade marketing, segundo pesquisa da Merkle. Parece que o jogo virou, não é mesmo?
25%
Estratégia de marca é a prioridade número um para investimentos no próximo ano, segundo pesquisa do Gartner com mais de mil CMO's ao redor do mundo. Ao avaliar a percepção dos CEO's, o branding fica em segundo lugar no ranking de prioridades.
Que tal uma Estratégia Coletiva?
Essa frase é um mantra aqui na Cordão: “a estratégia precisa ser um sonho coletivo". Isso quer dizer que empresas são feitas de pessoas e pessoas precisam se sentir parte das decisões para realmente se engajarem e fazê-las acontecer. Foi por isso que nós da Cordão desenhamos um método proprietário de criação coletiva de estratégias. Afinal, não basta planejar é preciso engajar!
Nas últimas semanas, aplicamos workshops deste método com os times do Share, Gramado Summit, Zletric e Estapar. Nosso cliente Rafael Martins, do Share, usou uma analogia que adoramos para explicar o resultado deste processo: "muitas vezes estamos dirigindo na neblina e criar uma estratégia nos faz baixar a neblina e ter visibilidade do caminho. O método da Cordão nos ajudou muito com isso e nos guiou para um caminho que a neblina não estava nos deixando ver". Se a sua empresa está enfrentando estes desafios neste momento, responda este email e vamos conversar :)