Tudo junto e misturado #19
Entenda o que mudou e o que aprender com as comunidades de marca.
Não estamos sozinhos. A frase pode ser dita quando estamos falando do Universo ou quando estamos dando suporte para alguém passando por um momento difícil. Esse pequeno lembrete é, na verdade, um aviso para nós do mercado também não esquecermos que, mais do que indivíduos, lidamos com o coletivo, algo complexo e que começa a ser desvelado com o crescimento das comunidades de marca.
Veja bem: é muito fácil listar gostos e preferências individuais das pessoas, o que tomam no café da manhã e se colocam o feijão por cima do arroz, mas entender as influências das relações sociais que as levaram a moldar o que entendemos como particularidade é ainda uma tarefa bem mais desafiadora.
Nessa Nós da Cordão queremos falar de comunidades de marca, os conglomerados que surgem tanto para defender como para deturpar marcas, produtos ou ações e que geram um verdadeiro rebuliço nas nossas análises e predições.
Para ler com calma
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Comunidade & Conteúdo
Para a lista de marcas mais inovadoras de 2022, a Fast Company decretou que estas são as duas palavras mágicas. No seu Top 10, apenas empresas que, segundo eles, respondem com maestria a pergunta: por que o consumidor deve se importar com essa marca?
Estão na lista marcas nem tão grandes ou conhecidas assim: a Super73, por exemplo, é uma marca de motos elétricas com entusiastas do calibre de Will Smith e Justin Bieber, e a Houseplant que reune uma comunidade, mesmo entre os não usuários de cannabis, graças aos seus acessórios inusitados.
Construir uma comunidade ao pé da letra
É o que a Disney está fazendo no deserto da Califórnia. Depois de anos alimentando os sonhos e fantasias do mundo todo, o estúdio agora se prepara para lançar sua comunidade: a Storyliving! Com um lago gigante, os bairros trarão toda a essência da experiência da marca, além de um espaço dedicado para pessoas com mais de 55 anos.
Mas nem tudo é magia: a marca já está sendo acusada do impacto ambiental em manter um lago artificial em uma região desértica, sem falar na segregação social. E você, deseja ser um storylivingdense?
Segmentação de comunidade > Segmentação de persona
A sempre provocativa Ana Andjelic acredita que a psicografia de personas para marcas é algo tão esotérico como horóscopo de jornal. Isso porque, segundo ela, a complexidade das escolhas individuais ignora nossa complexidade social, como seres sociais que somos.
Uma saída para essa armadilha é pensar nas comunidades que os consumidores estão inseridos. Ela traz o exemplo da Netflix que divide seus milhões de espectadores globais em 2000 grupos de preferência, com base em gostos de grupo por filmes e séries. Pensando nisso, imagina a persona de uma segmentação dessa gigante? Nem tem como, mesmo.
Gravidade das comunidades
A força que mantém as pessoas reunidas no entorno de uma marca também pode ser definida como a força de atração da física, conhecida como gravidade. É assim que nesse texto nosso estrategista Matheus Conci conta mais desse caso usando um exemplo bem popular: a legião de fãs de uma cantora de música pop, mas especificamente, Taylor Swift.
Na verdade, o mundo da música é um prato cheio de exemplos sobre essa gravidade e o que podemos aprender para nossa gestão de comunidades de marca. Nesse artigo, por exemplo, marcas como Victoria’s Secrets de lingeries e a Cristal de espumante sentiram na pele o efeito reverso da gravidade quando se tornaram alvos de polêmicas com artistas do calibre de Rihanna e Jay-Z.
Ou seja: não só as comunidades de fãs nos trazem valiosas lições de como entender e gerir as de marcas, mas também mostram como nossos tempos estão super conectados com esta nova segmentação de mercado.
Criar comunidades [também] é apoiar comunidades
É o caso da The Things We Hold, iniciativa da Nespresso que apoia uma ONG dedicada ao acolhimento de jovens LGBTQIA+ sem lar. A iniciativa foi escolhida pelos próprios funcionários da Nespresso e conta com canecas e pires de café assinados por Justin Teodoro com temas de lar, família e amor incondicional.
Olha esse dado
Números para embasar seu próximo trabalho - ou impressionar na próxima reunião
8
categorias não serão entregues na transmissão ao vivo no próximo Oscar, o que gerou protestos de gente como Steven Spielberg. São elas: Melhor Montagem, Trilha Sonora Original, Documentário em Curta-metragem, Animação em Curta-metragem, Curta, Som, Figurino e Maquiagem e Cabelo. A cerimônia, que acontece no próximo dia 27 de março, terá 20 minutos a menos do que de outros anos por conta disso.
720.000
é o que o distanciamento social ao redor do mundo pode ter ajudado a evitar de pessoas contaminadas com a dengue, segundo estudo publicado na renomada revista Lancet.
10%
dos jovens brasileiros de 16 e 17 anos tiraram seu título de eleitor. É um dos patamares mais baixos de engajamento em anos dessa faixa que tem o voto ainda como facultativo. As inscrições podem ser feitas até dia 04 de maio e, para mais informações, só recorrer ao TSE da sua localidade.
0,82
é quanto as mulheres estão ganhando para cada 1 dólar ganho por seus colegas homens, segundo último estudo sobre o tema. O relatório mostra que, apesar da diferença ter caído 2 centavos desde 2015, o impacto pode agravar pós-pandemia, dado que as mulheres foram as que mais perderam empregos no período.
12%
menos risco de morte para quem bebe até três xícaras de café por dia, segundo novo estudo sobre o consumo desse item idolatrado pela maioria dos brasileiros. A pesquisa também revelou que cai em 17% as chances de morte por doença cardíaca e 21% por acidente vascular cerebral, em média.
68%
dos brasileiros tem como meta algo relacionado a dinheiro em 2022, conforme pesquisa recente da MindMiners. Ainda, 61% garantem estar endividados e sem previsão de quando conseguirão regularizar a situação. Alguém aí se identifica?
Olha esse evento
No inicio de abril teremos mais uma edição do Gramado Summit que, neste ano, contará com palestras tanto da Dani como do Matheus, ambas no dia 07 de abril!
A fala da Dani acontece às 11h30 no palco Share e vai abordar 5 motivos para não transformar sua empresa em uma lovemark. Sim, a era das empresas boy lixo estão com os dias contados, também.
Já o Matheus, que fala às 17h30 no mesmo palco, abordará a gestão de comunidades de marca, trazendo um pouco da estratégia go-to-community e um paralelo com a fanbase da Taylor Swift.