Depois de um mês de maio bastante difícil para o Brasil e, especialmente, para nossos conterrâneos gaúchos, estamos voltando 100% ao trabalho. Ainda não é nem perto do cenário que gostaríamos de chamar de normal, mas vamos continuar nos esforçando para trazer sempre um pouco de como podemos passar por esses períodos, seja como marca, empresa, cliente ou consumidor.
Por isso, escolhemos falar sobre o futuro que já acontece agora. Chega um momento que as profecias deixam de ser preditivas e, ou elas se confirmam ou caem por terra. Já temos o tempo suficiente para experimentar a Geração Z no mercado, já sentimos o impacto dos seus comportamentos e como suas ações repercutem em marcas e produtos.
Reunimos nessa news o que já podemos imaginar sobre o amanhã dessa ainda jovem geração - com base em profecias confirmadas e que já reverberam no nosso cotidiano. Como eles imaginam sua aposentadoria? E a sua família? Será que eles também se preocupam com suas finanças? Essas perguntas e as peculiaridades são alguns achados que queremos compartilhar com vocês.
O [re]movimento FIRE
Um conceito popularizado no início dos anos 90 tem ganhado muitos adeptos da geração Z. O FIRE, abreviação de independência financeira/aposentadoria antecipada (financially independent/retire early, em inglês) prevê um planejamento para que a aposentadoria chegue aos 65 anos - e já tem um quarto da GenZ adepta a ele.
Ele sintetiza bem outros movimentos que acompanhamos guiar essa geração nos últimos tempos, como a grande demissão e a procura por menos significado no trabalho. O resultado são jovens ingressando no mercado de trabalho com um olhar mais crítico e menos encantado quanto o assunto é trabalho.
E o FIRE já evoluiu para FatFIRE: os jovens pretendem encurtar ainda mais o tempo trabalho e se aposentar ainda com 40 anos. A ideia é acumular riqueza o mais rápido possível, nem que isso custe algumas horas de sono e de extras de trabalho, para garantir a “gordura” - o FAT da expressão - que lhes garantirão os privilégios de aposentadoria muito antes.
Investir para aposentar
Há tempos que a aposentadoria virou uma fábula e, hoje, o jovem associa ela menos a um sonho e mais com uma dor de cabeça. Em um estudo com 1.022 adultos, 31% da geração Z concordaram plenamente com a afirmação que “planejar a aposentadoria é um peso para mim”, contra 24% dos millennials, 23% da geração X e apenas 12% dos baby boomers.
Isso porque eles estão descrentes com a forma como a aposentadoria é pensada: 45% dos membros da Geração Z acreditam que não “receberão um centavo” dos benefícios da Segurança Social que ganharam para se aposentarem. E por isso começaram a investir cada vez mais cedo: e isso pode salvá-los, no futuro.
Se antes eles eram taxados como irresponsáveis quando o assunto era financeiro, agora, os GenZ são reconhecidos pelo talento de investir. E isso pode salvá-los no futuro: 62% dos jovens de 18 a 24 anos disseram que estavam contribuindo para seu plano de aposentadoria no local de trabalho em 2021, em comparação com 30% das pessoas que tinham a mesma idade em 2006.
O destino é o interior
Com medo do futuro, os jovens tem preferido comprar imóveis ao invés de alugar, e já representam 23% dos clientes de uma construtora em São Paulo, capital. Um sonho do GenZ é viver uma vida simples e tranquila: o que não combina com o clima agitado dos grandes centros urbanos. Por isso, eles se interessam cada vez mais em fixar sua residência em cidades o interior dos seus países.
Essa escolha também representa demandas que eles não estão dispostos a abrir mão, como a possibilidade de trabalhos remotos e melhores condições financeiras. Com o alto preço dos grandes centros, comprar uma casa ou apartamento tem se tornado algo impossível, somente viável para quem decide uma vida interiorara, muitas vezes.
E o movimento é percebido em vários locais no mundo, como na Coréia do Sul, onde recebeu até um nome, Kwichon ou retorno à vida rural. Lá virou um programa governamental, e viu a crescente adesão dos jovens por conta, principalmente, da insatisfação com seus empregos. Outro país que também já notou esse movimento é o Brasil: 46% dos jovens entre 15 e 20 anos acreditam que sua a residência precisa estar localizada no interior dos estados.
A família do futuro
A ideia de família segue bem formada entre os mais jovens, e o desejo de dividir um teto é real. Em um estudo com jovens brasileiros, 60% veem valor na família e 63% destacam o amor como sentimento importante nas relações que estabelecem.
Apesar dessa vontade tradicional, o GenZ não parece querer ter filhos: 55% descarta a ideia de ser pai ou mãe e o principal motivo é querer ter mais tempo para si (49%). Os outros motivos chamam atenção, por mostrar uma geração mais consciente do que egoísta: para 47% a justificativa são as pressões financeiras e 38% tem receios sobre o estado do mundo.
E um dado ainda mais interessante é sobre o que consideram como família: um terço dos jovens da GenZ tem escolhido os amigos, e não familiares, para passarem as festividades e celebrações juntos. Sabe aquele drama que todo núcleo familiar carrega? É justamente o que eles tentam evitar com essa medida, e parecem estar muito satisfeitos com suas escolhas. Ousados ou conscientes?
Mais sobre a Geração Z:
Nós da Cordão #29: TikTudo contra todos
Nós da Cordão #35: Conheça a cultura jovem
Nós da Cordão #56: A GenZ e as marcas
14%
da geração mais jovem de trabalhadores pretende aposentar-se aos 40 anos – o dobro do número de millennials que esperam reformar-se entre os 40 e os 50 anos.
61%
dos não aposentados da Geração X - com idades entre 43 e 58 anos – disseram que não estão confiantes em sua capacidade de alcançar a aposentadoria dos sonhos, contra 49% dos Millennials e 53% dos não aposentados Baby Boomers.
3
em cada 4 jovens da GenZ dizem que preferem ter uma melhor qualidade de vida do que dinheiro extra no banco. Ou seja: eles querem que o dinheiro trabalhe para eles, e não o contrário.
82%
dos entrevistados da Geração Z começaram antes de completar 21 anos a investir. Um dos principais motivos é a confiança em aplicativos financeiros, em que usam para aprender e receber conselhos.
61%
aumento no número de trabalhadores com mais de 70 anos no Reino Unido, em comparação a uma década atrás. O Rei Carlos III - aos 74 anos - é um excelente exemplo de trabalhador com "idade de reforma pós-estatal" - então, tá!
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